quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Preservar os mananciais é desafio paulistano

A preservação dos mananciais é um assunto de extrema importância. Para grandes cidades, como São Paulo, cuidar desses bens também é um grande desafio, pois são muitas pessoas habitando áreas que deveriam ser preservadas, diversos tipos de poluição e ainda existe a necessidade de suprir a demanda por água de toda a população.
A capital paulista enfrenta constantemente todos esses desafios para poder atender de forma eficiente aos 20 milhões de habitantes que moram na região metropolitana, onde o abastecimento de água é feito a partir de três fontes principais: o Rio Piracicaba, e as represas Billings e Guarapiranga, localizadas na área urbana da cidade.
Mas essa proximidade, dos mananciais com a população,  deixa-os vulneráveis, necessitando de cuidados constantes para que os níveis de qualidade da água permaneçam dentro dos padrões considerados adequados, tanto para o consumo, quanto para a prática de esportes náuticos.
Segundo Paulo Araújo, coordenador do Programa Vida Nova/Mananciais, da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo), o maior problema das duas represas é a ocupação irregular. Ele explica que são 1,9 milhões de pessoas habitando inadequadamente a região. Isso significa, que mesmo com a estrutura de coleta de lixo e saneamento, parte dos resíduos domésticos ainda são despejados na represa.
Os trabalhos para controlar os níveis de poluição nos dois mananciais têm surtido efeito. “Nós conseguimos tratar a água da represa hoje com mais facilidade do que há 20 anos. Mas isso não significa que os problemas estejam resolvidos”, explicou Araújo, comprovando que ainda existe uma estrada longa a ser percorrida até que a qualidade da água chegue a níveis mais elevados.
Uma das medidas recentes aplicadas pela Sabesp são as Ecobarreiras, telas de retenção instaladas nos córregos, para evitar que os resíduos sólidos cheguem às represas. O projeto é de que elas sejam instaladas em 14 córregos que deságuam na Guarapiranga e que diariamente sejam coletadas, em média, duas toneladas de lixo, que será levado a aterros sanitários.
Medidas estão sendo tomadas, mas é imprescindível que a população se conscientize que economizar água é um bem para todos nós!

Um parêntese: eu quase morro quando vejo pessoas lavando as calçadas, gastando água à toa, como se não estivessem fazendo nada de errado! Será que é difícil varrer uma calçada? Ou as pessoas não sabem que água não é sinônimo de vassoura?